Quando o Mundo Abandonou os Olhares,
Mateus Calixto e Pedro França, 2019.
Aquele que mostra suas fraquezas mais duras, pede uma recompensa muito maior do que desculpas ou palavras de conforto, é preciso junto se abrir, deixar de ser tão raso e tão cinza pra ser quem você é de verdade. Mostre o que te fere, é difícil desde que real, como deve ser um protesto. Logo o fácil é mentiroso, interesseiro e barato demais pra ter qualidades.

A essência se resume em adornos, "é muito estrambótico e cringe conversar com os olhos, então deixa pra lá essa coisa de conexão".

Talvez por isso, sinto que meu modo de vestir não é moda, não é ostentação, não é estética, é muito maior que isso, é uma declaração.

E se alguém consegue desenhar o próprio âmago, não é levado a sério, pois nela existe uma enormidade formada por verdades, suor e originalidade em sua versão mais justa possível.

Mas seguimos consumindo o que eles querem. Gostamos do que é rápido e fácil, contraditório ao sentimento profundo, real, raro.

Contudo, quando falo, não quero comprar dó, quero te mostrar o que não passa na sua tela, quero te mostrar meu sentimento mais profundo, quero que lute junto, é onde mira o ser despido de tortas intenções.

E se a necessidade do questionar não ser pela existência de um problema, mas pelo motivo de a arte não caber verdades concretas e tudo ter a oportunidade de ser considerado boas intenções simultaneamente?